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Rev. bras. cir. cardiovasc ; 25(1): 19-24, Jan.-Mar. 2010. graf, tab
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: lil-552835

ABSTRACT

OBJETIVO: Relatar a incidência de mediastinite no pós-operatório de cirurgia cardiovascular. MÉTODOS: Foram analisados os prontuários de 1038 pacientes submetidos à cirurgia cardiovascular entre maio/ 2007 e junho/2009. Todas as operações foram realizadas na Divisão de Cirurgia Cardiovascular do Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco - PROCAPE. RESULTADOS: A mediastinite ocorreu, em média, 13 dias após a cirurgia, num total de 25 (2,4 por cento) casos, com taxa de letalidade 32,0 por cento (n=8). Vários fatores de risco foram identificados: 56 por cento diabéticos, 56 por cento tabagistas, 20 por cento obesos, 16 por cento portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica e 8 por cento com insuficiência renal crônica. A maioria (n=21; 84,0 por cento) dos casos foi observada em pacientes submetidos à revascularização do miocárdio, sendo esta associada a maior risco de desenvolvimento da infecção (IC 3.44-8.30, P=0,0001). Observou-se alto índice de complicações: insuficiência respiratória (44 por cento), acidente vascular cerebral (16 por cento), choque cardiogênico (12 por cento), insuficiência renal aguda (28 por cento), infecção pulmonar (36 por cento), falência de múltiplos órgãos (16 por cento) e deiscência de esterno (48 por cento). A cultura do exsudato foi positiva em 84 por cento dos casos, sendo o Staphylococcus aureus o patógeno mais observado (28,8 por cento). CONCLUSÕES: A mediastinite continua como complicação cirúrgica bastante grave e de difícil manuseio no pós-operatório de cirurgia cardiovascular. A doença permanece como de baixa incidência, entretanto, ainda com alta letalidade. A cirurgia de revascularização está associada a maior risco de desenvolvimento da infecção.


OBJECTIVE: To report the incidence of mediastinitis in cardiovascular surgery postoperation. METHODS: The records of all 1038 patients who underwent cardiovascular surgical procedures between May/2007 and June/2009 were reviewed. All operations were performed in Division of Cardiovascular Surgery of Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco - PROCAPE. RESULTS: The complication occurred within, on average, 13 days after operation, in total of 25 (2.4 percent), eight (32 percent) deaths occurred. Several risk factors mediastinitis were identified: 56 percent diabetes, 56 percent smokers, 20 percent obeses, 16 percent with chronic obstructive pulmonary disease and 8 percent of chronic renal failure. Mediastinitis were reported in 21 (84 percent) cases of patients submitted to coronary artery bypass grafting, being associated to major risk of infection development (IC 3.448.30, P=0.0001). High rates of complications were observed: respiratory insufficiency (44 percent), stroke (16 percent), cardiogenic shock (12 percent), acute renal failure (28 percent), pulmonary infection (36 percent), multiple organs failure (16 percent) and esternal deiscence (48 percent). Bacterial cultures of exudates were positive in 84 percent of patients; Staphylococcus aureus was the most responsible pathogen (28.8 percent). CONCLUSION: Mediastinitis stays a serious surgical complication and difficult management in cardiovascular surgery postoperation. The disease stays with low incidence, but still with high lethality. Coronary bypass was associated to major risk of infection development.


Subject(s)
Female , Humans , Male , Middle Aged , Cardiovascular Surgical Procedures/adverse effects , Mediastinitis/epidemiology , Postoperative Complications/epidemiology , Brazil/epidemiology , Cardiovascular Surgical Procedures/classification , Epidemiologic Methods , Mediastinitis/microbiology , Postoperative Period , Postoperative Complications/classification , Treatment Outcome
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